Eliane Brum
Eliane Brum (?) é uma jornalista brasileira.
Eliane Brum | |
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Nascimento | 23 de maio de 1966 Ijuí |
Cidadania | Brasil |
Alma mater |
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Ocupação | jornalista, escritora, romancista, realizadora de documentários, realizadora de cinema |
Prêmios |
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Verificadas
editar- "Se a tortura de presos políticos durante a ditadura tem grande repercussão na classe média, a tortura contumaz dos presos comuns, praticada antes, durante e depois do regime militar, é tolerada por parte da população – até hoje. Sobre a tortura disseminada nas cadeias e prisões brasileiras, aliás, aguarda-se a divulgação do relatório da ONU, cujos resultados e recomendações estão nas mãos do governo federal desde fevereiro [de 2012].
Se no passado alguém estranhasse as marcas dos presos, bastava alegar “resistência à prisão” – “explicação” até hoje amplamente usada pelas polícias para justificar a morte de suspeitos. É assim que a pena de morte – punição inexistente na legislação brasileira – tem vigorado na prática no país. Suspeitos são executados pela polícia – e a justificativa é “morto ao resistir à prisão” ou “morto em confronto” ou “morto durante troca de tiros"."
- - Fonte: livro A Menina Quebrada (2013), capítulo "A Imprensa que Estupra", Eliane Brum, Arquipélago Editorial
- - O texto fala sobre um caso em que uma repórter humilhou um detento em rede nacional. Eliane conta o caso, emite sua opinião e faz comparações com a época da ditadura militar. O texto completo está disponível no site da revista Época nos links:A Imprensa que Estupra - parte 1, A imprensa que Estupra - parte 2, A Imprensa que Estupra - parte 3
Por obra
editarA menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum
editarBrum,Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Rio de Janeiro: Arquipélago , 2013
"Minhas incursões no universo da morte me deram maior clareza sobre a natureza da vida. Algumas pessoas comentavam que eu devia ter algum problema para ser tão mórbida. Bobagem. Morbidez é outra coisa. Não se fala da morte por causa da morte, mas por causa da vida. Lidar bem com a certeza que todos temos de morrer um dia é fundamental para viver melhor. E para alcançar a matéria fugaz dos nossos dias "
- - Fonte: BRUM, Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Página 14.
"É necessário ressaltar que a denominação homosssexual e seus derivativos foram por muito tempo para discriminar. Até pouco tempo o termo "homossexualidade" era considerada uma patologia, um desvio. E há quem ainda defenda essa teoria. Por outro lado, com imensa coragem e obstinação, o movimento gay conseguiu transformar que era pejorativa em ação afirmativa, fundamental para a conquista de direitos"
- - Fonte: BRUM, Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Página 13
"Tenho todos os medos em mim, menos o medo de ter medo. Prefiro fazer as coisas do meu jeito e cometer meus próprios erros. Tanto quanto os acertos, os erros também devem nos pertencer. Temos uma vida só, mas ,dentro dessa, podemos viver muitas. E eu quero todas as minhas"
- - Fonte: BRUM, Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Página 15.
"Criamos nosso próprio mundo de palavras e de pensamentos. Na busca de um lugar seguro , não copiamos apenas os outros, mas a nós mesmos, infinitas vezes.Se é fácil rir das frases feitas a que a maioria se agarra para não mergulhar no desconhecido, também é fácil observar que muitos dos que riem não ousam ir além dos comportamentos clichês em sua própria vida
- - Fonte: BRUM, Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Página 26.
"A dor é parte da vida. O fascinante na espécie humano é que conseguimos transformar dor em criação. Elaboramos nossas muitas dores criando poesia,pintura,escultura,música,vestidos,bordados,artesanato,culinária,cinema,móveis,teatro,ciência,histórias. Cada um à sua maneira muito particular"
- - Fonte: BRUM, Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Página 38.
"Aprendi que vale a pena amar aquelas pessoas que, quando nos vimos nos olhos delas, temos vontade de ser alguém melhor do que somos. Elas veem não apenas aquilo que realmente somos, mas aquilo que podemos ser. Tudo aquilo de bom e de generoso que podemos ser. Não significa que não enxergam nossas imperfeições e mesquinharias, mas que veem além delas. Então, do lado de cá do espelho, ficamos desejando nos tornar o que vemos refletido lá"
- - Fonte: BRUM, Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Página 43.
"Ao tornar-me uma narradora de vidas aprendi que toda vida é uma invenção própria. Não que ela não seja de fatos, de dados concretos, de eventos incontroláveis. O que é absolutamente uma criação própria é a forma como cada um olha para sua vida"
- - Fonte: BRUM, Eliane. A menina quebrada e outras colunas de Eliane Brum. Página 47.
Por obra
editarO olho da rua: Uma repórter em busca da literatura da vida real
editarBrum,Eliane. O olho da rua: Uma repórter em busca da literatura da vida real Rio de Janeiro: Editora Globo , 2008
"No tempo dos ancestrais, a relação entre sexo e bebês era desconhecida, ponto de interrogação que gerou os mitos da cobra-grande e do boto lascivo. Hoje, mesmo invocando um Deus cristão , masculino, o Espírito Santo ou os orixás, elas são guardiãs do mistério, transmitido pelas mães e avós numa corrente que se perde nos séculos"
- - Fonte: BRUM, Eliane. o olho da rua:Uma repórter em busca da literatura da vida real.Página 24.
"Escutar é também não interromper as pessoas quando elas não falam na velocidade que a gente gostaria ou com a clareza que a gente desejaria e, principalmente, quando elas não dizem o que a gente pensava que diriam. Escutar é não induzir as pessoas a dizer o que gostaríamos que dissessem"
- - Fonte: BRUM, Eliane. o olho da rua:Uma repórter em busca da literatura da vida real.Página 38.
"Quando se trata de defender seus interesses, a elite política local, personagem de escândalos divulgados em rede nacional, costuma manipular o desespero desse povo sofrido que chegou ao fim da sua busca e de novo não encontrou nenhum eldorado"
- - Fonte: BRUM, Eliane. o olho da rua:Uma repórter em busca da literatura da vida real.Página 72.