"Reverencio o legado de atrizes negras que vieram antes de mim, apresentando caminhos como Ruth de Souza, Zeni Pereira, Jacira Sampaio, Chica Xavier, Chica Lopes, Lea Garcia, Marina Miranda, Neusa Borges, Zezé Motta e tantos outros talentos maravilhosos. Mas vivi situações violentas. Racismo é uma grande violência. O mercado audiovisual e televisivo é comandado por pessoas não negras que precisam de letramento racial. As mulheres negras e indígenas estão na base da pirâmide e precisamos movimentá-la. Uma cultura não pode eliminar, neutralizar ou distorcer outra cultura, sua visão de mundo e sua identidade. Era e é preciso sempre continuar. E penso sempre em crescimento, fortalecimento e que existam muitas mais pessoas negras nesses espaços assim como a continuidade de trabalho para todos. É necessário que haja mais oportunidades e mais pessoas negras em diversos espaços, que ocorra diversidade e pluralidade em todos os setores, pensamentos e ações antirracistas para que não se perpetuem caricaturas, estereótipos e ações violentas com as quais somos atravessados cotidianamente."